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Arquitetos: BLAF Architecten
- Área: 297 m²
- Ano: 2011
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Fotografias:Stijn Bollaert
Descrição enviada pela equipe de projeto. O estúdio Blaf tem como foco a capacidade de geração de uma arquitetura em nível espacial, social e ecológico. O urbanismo e a preocupação com a propriedade privada levaram a terra a ser consumida ao ponto de que a Bélgica é hoje uma das áreas mais densas e dispersas na Europa. Blaf têm desde há muito, contribuído para o conhecimento geral dessa condição "genética" experimentando com seu componente mais básico: a habitação unifamiliar.
Esta casa foi construída em um típica área da expansão flamenga, à beira de um loteamento, onde os subúrbios literalmente ficam voltados para o campo. O loteamento cria uma condição que é genérica e específica, o contexto e o sem contexto. A casa lida com essa condição de uma forma aparentemente indiferente, enquanto que na verdade ela está questionando o loteamento: ela está reformulando o conceito de frente, laterais e fachada posterior, abordando o ambiente de formas equivalentes, e é consciente ao deixar qualquer tipo de cercas para trás.
Casas passivas têm anormalmente espessas paredes exteriores. Organizar escadas, móveis, armazenamento, salas com maquinário etc contra estas paredes articula sua espessura ainda mais. A casa torna-se um monolito, com uma camada externa funcional e um centro íntimo encapsulado. Cada janela cria um nicho, uma abscissa, orquestrando as relações entre o coração da casa e o exterior. A partir do ponto de vista de uma "casa passiva", as perfurações do escudo/camada externa são equilibradas entre a maximização dos ganhos solares e a redução das perdas de calor.